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Não há filme de mistério cujo enredo seja tão enigmático
quanto o que contemplamos simplesmente por estarmos vivos. Tudo teve início em uma relação sexual na qual o pai expeliu cerca de trezentos milhões de espermatozoides, um dos quais fecundou o óvulo liberado pela mãe. Se fosse outro espermatozoide, teria nascido a mesma pessoa? Somos fruto de tão imenso acaso?
Começa a vida. Logo notamos não sermos o único; há muitos outros como nós. Todos referem-se a si próprios como "eu", enquanto os demais são "eles". Seriam zumbis, fingindo-se iguais a mim? Como saber? Com base num único caso, o meu próprio, concluir que todos são meus semelhantes é uma generalização arriscada. Qual a alternativa?
Vivemos em um espaço, que parece infinito, com três dimensões. Mas essas dimensões estão no espaço ou são postas nele por nossos sentidos? A segunda hipótese é bastante provável. Uma pessoa sem a visão e o tato viveria em um espaço de apenas duas dimensões. Sentidos adicionais dariam ao espaço mais dimensões?
O tempo parece independente de nosso aparato cognitivo; mas sem memória não haveria tempo. Sua independência, portanto, é ilusória. Seria a única dimensão do tempo uma restrição que a memória lhe impõe?
Este livro trata de questões como essas. Nada se perde em levantar possibilidades, especulando sobre como nos pareceria o mundo se não fôssemos como somos. Até que ponto o que chamamos de realidade é um retrato fidedigno ou uma caricatura desenhada em nossas mentes.
O autor, hoje com 89 anos, mas ainda com muita vitalidade, exerceu a advocacia durante 60 anos, uma grande parte desse tempo debaixo da inflação galopante que assolava o Brasil. Durante esse período, o preço das coisas subia sempre, a velocidades cada vez maiores. Chegou-se a um ponto em que o saldo de uma conta corrente bancária variava diariamente, pois era acrescido de uma parcela, a correção monetária, que repunha o valor perdido pela moeda entre um dia e outro. A moeda perdera sua função de reserva de valor.
Na área de direito tributário, em que atuava o autor, a situação era caótica. O lucro gerado por uma receita auferida em certa data era maior, às vezes muito maior, do que o de igual receita alguns dias depois. A mesma dívida tinha valores diferentes, conforme à época em que era paga, estimulando o inadimplemento. Os balanços deviam ser submetidos a uma sistemática de correção monetária muito complicada, de modo a que refletissem, tanto quanto possível, o valor das empresas na data em que levantados e fosse expurgada dos resultados a influência da inflação. A moeda já não servia como unidade de conta. Era esse o ambiente em que se desenvolviam as atividades profissionais do autor, levando-o a se perguntar se a realidade, como um todo, estaria sujeita a algo parecido. Nossas mentes recebem, pelos sentidos, imagens fidedignas da realidade ou essas imagens nos chegam como se refletidas por um espelho distorcido? Daí o livro em suas mãos.
O autor, já há um bom tempo, fez palestras sobre planejamento tributário, em cursos avulsos promovidos pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, escreveu vários artigos sobre matéria jurídica e o livro "A Estrutura Lógica do Direito", que trata, não do conteúdo de normas jurídicas, mas de sua estrutura formal e das relações, também formais, entre elas.