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Em "A água de Janos", o tenente Remígio Soares encontra-se às vésperas de rever sua amada Andréa, quando recorre a uma fórmula medicinal recomendada para fortalecer seus nervos. O resultado, no entanto, é desastroso: o remédio o coloca em situação humilhante e arruína sua única chance de felicidade. Azevedo explora aqui os efeitos do ridículo social e da impotência diante do imprevisto, usando o humor como crítica sutil ao orgulho masculino.
No conto "A Marcelina", o renomado Dr. Pires de Aguiar, conhecido por sua vaidade e conquistas amorosas, cruza o caminho de uma senhora humilde e discreta que desperta sentimentos contraditórios. O que ele não percebe é que está diante da mulher que, no passado, dominou seu coração. Neste embate entre aparência, memória e esquecimento, o autor evidencia os efeitos do tempo sobre as relações humanas.
Já em "O viúvo", acompanhamos a história de Tertuliano, um homem marcado por perdas repetidas. Cada nova tentativa de casamento resulta em viuvez precoce, lançando-o num ciclo de tristeza e resignação. Com toques de humor melancólico, Azevedo constrói uma narrativa sobre o destino e o peso da solidão involuntária.
Com humor refinado e sensibilidade crítica, Artur Azevedo transforma situações cotidianas em retratos vívidos das fragilidades humanas. Nestes três contos, explora os desencontros do amor, os caprichos do destino e a vaidade como obstáculo à felicidade. Histórias curtas, mas marcantes, que revelam como o trágico e o cômico convivem nas emoções mais íntimas e como suas verdades ainda ressoam nos leitores de hoje.
Artur Azevedo (1855-1908) foi um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, além de poeta, prosador, crítico literário e jornalista. Nascido em São Luís, ele teve um papel fundamental na cena cultural brasileira, principalmente no teatro, onde se destacou pela criação de comédias e dramas que misturavam humor e crítica social.
Azevedo foi um defensor ativo da cultura nacional, sendo um dos principais nomes na fundação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Suas obras, como "O Juiz de Paz", "As Kátias" e "Uma Embaixada e Vingança", são caracterizadas pela sagacidade e pelo olhar crítico sobre a sociedade e os comportamentos humanos da época.
Além de dramaturgo, Azevedo também foi poeta e crítico literário, sempre atento à realidade social de seu tempo. Sua produção literária continua relevante até hoje, sendo uma referência para o estudo do teatro brasileiro e das questões sociais e culturais do Brasil do século XIX.