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Dálias é a obra poética mais conhecida de Auta de Souza, publicada em 1900, que reúne versos marcados pela religiosidade, pela delicadeza das imagens e pela reflexão sobre a transitoriedade da vida. O livro organiza-se como um verdadeiro jardim simbólico, onde as flores representam tanto a beleza quanto a fragilidade da existência. A poeta, influenciada por sua fé católica e por experiências pessoais de dor e perda, utiliza a linguagem lírica para transformar a saudade, a morte e a esperança em matéria de poesia.
Nos poemas de Dálias, temas como a infância, a lembrança da mãe, a solidão e a busca por consolo espiritual se entrelaçam. As flores aparecem como metáforas constantes - às vezes símbolo da pureza, outras vezes imagem da efemeridade da vida terrena. Auta recorre a uma sensibilidade musical e imagética, criando versos que traduzem sua espiritualidade profunda e sua capacidade de ver no sofrimento humano uma ponte para a transcendência. A presença de Deus, da Virgem Maria e da promessa de eternidade dá à obra uma dimensão mística que reflete a maneira como a autora conciliava a dor íntima com a fé.
A recepção da obra foi significativa: Dálias circulou não apenas no meio literário, mas também em ambientes religiosos e devocionais, sendo lida como expressão de uma alma feminina profundamente ligada ao sagrado. Seus versos foram muitas vezes musicados e utilizados em práticas devocionais, o que ampliou a influência de Auta de Souza para além da literatura, alcançando também a cultura popular.
Auta de Souza (1876-1901) nasceu em Macaíba, no Rio Grande do Norte, e é considerada uma das principais vozes femininas do simbolismo brasileiro. Órfã muito jovem e marcada pela experiência precoce do sofrimento, encontrou na poesia um caminho de expressão e consolo. Sua breve vida não impediu que deixasse uma obra de grande sensibilidade, que segue reconhecida pela união entre lirismo, religiosidade e intimismo.
Auta de Souza, escritora brasileira e negra foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica. Nasceu em Macaíba (RN), em 12 de setembro de 1876, filha de Eloy Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina de Souza e irmã de dois políticos e intelectuais, Henrique Castriciano e Eloy de Souza. Aos 14 anos apareceram os primeiros sinais da tuberculose, obrigando-a a abandonar os estudos e a iniciar uma longa viagem pelo interior em busca de cura. Auta de Souza deve ser considerada a poetisa norte-rio-grandense que mais ficou conhecida fora do Estado. Sua poesia, romantica e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse, e foi fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas. Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética é permeada pelas experiências vividas, o que, aliás, não compromete em nada o lirismo e o valor estético de seus versos.
Aos 24 anos, no dia 7 de fevereiro de 1901, Auta de Souza morria de tuberculose. No ano anterior havia publicado seu único livro de poemas sob o título de Horto, com prefácio de Olavo Bilac, que obteve significativa repercussão na crítica nacional. Em 1910 saía a segunda edição, em Paris, e, em 1936, a terceira, no Rio de janeiro, com prefácio de Alceu de Amoroso Lima Antes de serem reunidos em O Horto.