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Enervadas é uma obra de Chrysanthème que explora, de forma intensa e direta, os conflitos internos e sociais enfrentados pelas mulheres em Portugal no início do século XX. A narrativa gira em torno de personagens femininas que vivem em tensão entre seus desejos pessoais e as expectativas rígidas da sociedade patriarcal. Cada capítulo expõe situações do cotidiano - relações familiares, pressões matrimoniais, restrições educacionais e limitações profissionais - mostrando como essas mulheres lidam com frustrações, angústias e dilemas morais.
A autora não se limita a descrever eventos externos, mas investiga profundamente o psicológico das personagens, revelando medos, inseguranças e pequenas vitórias cotidianas. Há também uma crítica sutil às normas sociais que restringem a liberdade feminina, evidenciada em conflitos entre gerações, no choque entre tradição e modernidade e na luta por autonomia dentro de espaços controlados. O livro traz diálogos, monólogos internos e reflexões que permitem ao leitor compreender a complexidade das escolhas individuais diante de uma sociedade rígida.
A narrativa combina observação social e análise introspectiva, tornando-se um retrato detalhado das tensões culturais e emocionais da época. Ao mostrar a fragilidade e a resistência das personagens, Chrysanthème cria uma obra que instiga reflexão sobre gênero, moralidade e identidade.
Chrysanthème, pseudônimo de Maria Amália Vaz de Carvalho Júnior, destacou-se por sua capacidade de unir sensibilidade literária e crítica social. Sua escrita evidencia a experiência feminina em um contexto restritivo, oferecendo ao leitor um panorama psicológico e social rico, que contribui para compreender as transformações culturais e a luta por autonomia das mulheres na virada do século XX.
Cecília Moncorvo Bandeira de Mello Rebello de Vasconcellos (1845-1912) foi uma escritora e poetisa brasileira, pertencente ao grupo de mulheres intelectuais do século XIX que, apesar das restrições sociais impostas à época, conquistaram espaço na literatura nacional. Nascida no Rio de Janeiro, destacou-se por sua produção poética marcada pela sensibilidade lírica e pela reflexão sobre a condição feminina, além de sua participação ativa em círculos literários de sua geração.
Ao longo de sua trajetória literária, Cecília colaborou em periódicos e revistas da época, publicando poemas que dialogavam com o romantismo tardio e o início do realismo no Brasil. Sua obra refletia tanto a busca pela expressão individual quanto o desejo de intervir no debate sobre a posição da mulher na sociedade.
A importância de Cecília Moncorvo Bandeira de Mello Rebello de Vasconcellos está em sua atuação como representante de uma geração de mulheres que abriram caminhos na literatura nacional, enfrentando preconceitos e limitações sociais. Sua produção, ainda que discreta, contribuiu para ampliar a visibilidade das escritoras brasileiras e afirmar a capacidade intelectual e criativa das mulheres.
Sua obra é também um testemunho do papel das escritoras do século XIX como precursoras de debates sobre gênero, educação e participação cultural, em um momento em que a literatura servia de espaço privilegiado de resistência e expressão.