Marea Infinitus

"O Octoponi stenoidea é encontrado nas profundezas de Marea Infinitus, levado pelos esforços de colonização. Essa espécie tem uma habilidade única de mudar de cor de acordo com seu estado emocional, exibindo cores vibrantes e deslumbrantes. Possui uma cabeça grande e arredondada com oito braços ágeis e células especializadas chamadas cromatóforos, que permitem a mudança instantânea de cor. Essa habilidade é usada para comunicação, camuflagem e proteção.
"Esses polvos são animais solitários e noturnos, como eu, passando grande parte do tempo escondidos em fendas rochosas ou outras estruturas no fundo do oceano. São altamente inteligentes, mas não foi por isso que a escolhi. Não foi apenas para derrotar a IMD ou pelo sucesso do experimento. Foi porque pareceu certo."
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Publicado originalmente na Hexagon Magazine, Marea Infinitus é um conto de ficção científica sobre criaturas peculiares de oceanos profundos e a natureza estranha do ser humano - uma combinação que apenas Lis Vilas Boas, uma escritora oceanógrafa, poderia combinar com maestria.

Lis nasceu em 1990 no interior do estado do Rio de Janeiro onde o rio, literalmente, faz a curva. Além de escritora de ficção especulativa, é pesquisadora na área de oceanografia e bioacústica de mamíferos marinhos na UERJ. Tem textos publicados nas revistas brasileiras Pretérita e Faísca - Mafagafo, e na Hexagon Magazine onde o conto "Cephalopod Heart" é a história de capa. Semanalmente envia textos pela newsletter "20.000 Histórias Submarinas", onde o romance Areia e Pólvora (2021) está sendo publicado em formato seriado. Vive com o marido entre o Rio e muitos lugares do Brasil, e é uma grande apreciadora de café e jujubas vermelhas.