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Em "As academias de Sião", Machado de Assis constrói uma fábula satírica ambientada em um reino oriental, onde sábios se reúnem para decidir sobre a criação de academias. À primeira vista, trata-se de um debate erudito, mas logo se revela como um retrato irônico das contradições sociais. Entre discursos inflamados e raciocínios que pretendem soar lógicos, emerge a questão central: qual deve ser o papel da mulher nessa nova ordem intelectual e social?
As discussões, revestidas de solenidade, acabam expondo preconceitos, limitações e injustiças que atravessam a vida em sociedade. Ao situar o enredo em um cenário fictício e distante, Machado cria uma alegoria que reflete diretamente os dilemas do Brasil oitocentista, revelando como as instituições podem perpetuar desigualdades de gênero e restringir a autonomia feminina.
Com humor fino e ironia sutil, o conto transforma um episódio aparentemente exótico em uma reflexão universal sobre poder, exclusão e identidade. É a literatura de Machado em seu ponto mais engenhoso: disfarçar em fábula aquilo que é, em essência, crítica social profunda.
--------- Biografia do Autor (fixa)
Machado de Assis (1839-1908) é considerado o maior escritor da literatura brasileira, uma figura central na literatura mundial. Nascido no Rio de Janeiro em uma família pobre, foi autodidata e superou muitas adversidades para se tornar um dos maiores intelectuais de sua época. Sua obra, rica e multifacetada, abrange diversos gêneros literários, como romances, contos, crônicas, poesias e teatro. Entre seus principais livros estão Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e O Primo Basílio.
Fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado foi uma figura-chave do realismo no Brasil, usando sua escrita para criticar a sociedade, a moralidade e os dilemas da condição humana. Com uma prosa afiada, cheia de ironia e profundidade psicológica, suas obras exploram as contradições da sociedade brasileira do século XIX e as complexidades do comportamento humano. Além de escritor, Machado teve um papel significativo no jornalismo e foi um influente pensador social, sendo fundamental na formação do cenário literário e intelectual do Brasil.
Sua capacidade de criar personagens complexos, como Bentinho em Dom Casmurro e Brás Cubas em Memórias Póstumas, e de abordar questões existenciais e sociais com sagacidade, fez de Machado uma referência não só para a literatura brasileira, mas para o pensamento literário universal. Até hoje, sua obra continua sendo uma das mais importantes e estudadas no mundo literário.