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Os textos reunidos neste livro resultam da interseção de duas posições teórico-políticas defendidas pela antropóloga argentina Rita Segato: a perspectiva crítica da colonialidade do poder e uma prática disciplinar que a autora denomina antropologia por demanda, pressupondo uma inversão do próprio trabalho etnográfico, que passa a se colocar a serviço das "demandas" de comunidades e povos, seus objetos de estudo.
A partir dessa nova perspectiva, Rita Segato - uma das intelectuais e feministas mais influentes da contemporaneidade - constrói um sólido repertório conceitual abordando questões urgentes de nosso tempo, como as hierarquias de gênero e de raça agravadas pelo processo da colonial-modernidade, a universalidade dos direitos humanos, a violência contra as mulheres. Costurando todos estes ensaios está um projeto histórico alternativo, de valores próprios e intencionalmente disfuncional ao capitalismo.
Rita Segato nos oferece um pensamento original e engajado, forjado em décadas de pesquisas, ativismo e do magistério, tendo o Brasil como principal campo de atuação e análise. A leitura da obra nos convoca, portanto, a um necessário - e muitas vezes incômodo - processo de autorreflexão.
Rita Segato (1951) é antropóloga argentina, reconhecida e premiada internacionalmente pelos trabalhos em torno do feminismo e da violência contra as mulheres. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) - onde lecionou entre 1985 e 2010 -, titular da Cátedra Unesco de Antropologia e Bioética e coordenadora da Cátedra Aníbal Quijano do Museu Reina Sofia, na Espanha. Trabalhou como perita antropológica e de gênero no histórico julgamento da Guatemala, em que se condenou membros do Exército pelos delitos de escravidão sexual e doméstica contra mulheres maias da etnia g'egchi, e foi convocada à Ciudad Juárez, no México, para expor sua interpretação em torno das centenas de feminicídios perpetrados no local. Foi coautora da primeira proposta de cotas para estudantes negros e indígenas na educação superior do Brasil. Entre as suas obras estão "As estruturas elementares da violência" (2003), "A Nação e seus Outros" (2007), "A guerra contra as mulheres" (2017), "Contrapedagogias da crueldade" (2018). Em 2021 o conjunto de seus livros começa a ser publicado no Brasil pela Bazar do Tempo.