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Oferecendo uma outra perspectiva sobre um dos maiores mistérios da literatura brasileira, Capitu: memórias póstumas, publicada originalmente em 1998 pelo renomado escritor Domício Proença Filho, retorna às mãos dos leitores em uma edição com nova capa e texto de orelha assinado pelo poeta Marco Lucchesi.
Capitu: memórias póstumas é a interpretação profunda e reveladora do clássico Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis, feita pelo renomado escritor, professor e pesquisador Domício Proença Filho. Considerado uma das figuras mais respeitadas da literatura nacional, Proença Filho se destaca ao reexaminar os dilemas internos de Capitu e Bentinho, oferecendo uma nova perspectiva sobre os mistérios que permeiam o romance de Machado de Assis.
Capitu é uma das personagens mais fascinantes da literatura. Sua história nos chega, inicialmente, como um romance que trata do amor, mas, acima de tudo, do ciúme. Recai sobre Capitu, por força de tal narrativa, a suspeita de adultério. E, principalmente, a afirmação de que, desde a infância e a adolescência, a dissimulação e o mau caráter são seus traços definidores. Estaria realmente o fruto dentro da casca? Seria ela, de fato, culpada? Envolveu-se amorosamente com Escobar, amigo do narrador?
Um dos maiores mistérios da literatura universal parece finalmente ter uma resposta - pelo menos na interpretação de Domício Proença Filho. O escritor segue as pistas deixadas pelo Bruxo do Cosme Velho ao longo de Dom Casmurro para desvelar a alma labiríntica de Capitu. E, ainda, lançar nova luz sobre o enigmático Bentinho, um homem capaz de desejar a morte do próprio filho. Ou seria o filho de outro?
"Domício Proença Filho é um machadiano. Conhece-o como poucos. Sabe-o com devoção. Mas não é um machadólatra. E, por isso mesmo, seu texto é saboroso, bem urdido, num jogo de aproximação e distância do enigma Bentinho. Escrito com leveza e insinuações, com releituras realmente instigantes da trama-original, elaborando soluções e deslocamentos de primeira ordem. Fico emocionado com estas Memórias póstumas. Pois que Domício Proença Filho celebra com inquestionável intensidade o amor da literatura. Sobe e desce o alto da Tijuca. Passa pela rua de Matacavalos. Segue pela rua do Ouvidor. Mais que isso: recria uma notável Capitu, amorosa, profunda, indissimulada com as flores do rancor e a força do perdão. Aprofunda a comiseração que recai sobre Bentinho. E reúne uns pares de alusões muito significativos. Dessa espessa trama de memórias guardo uma certeza: este romance começa a integrar os fragmentos luminosos da crítica-ficção machadiana. Está na minha estante. Está no meu coração." - Marco Lucchesi
Domício Proença Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 1936, e é uma das figuras mais renomadas da literatura brasileira contemporânea. Formou-se em Letras Neolatinas pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, é livre-docente e doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutor honoris causa pela Universidade Clermont Auvergne. Professor titular aposentado e professor emérito da Universidade Federal Fluminense, lecionou em diversas instituições de prestígio no Brasil e no exterior, incluindo a Universidade de Colônia e a Escola Técnica de Altos Estudos de Aachen, na Alemanha. Proença Filho também foi conferencista em seminários e congressos no Brasil e no mundo.
O autor é amplamente reconhecido por sua produção literária, que abrange ensaios, poesia, ficção, roteiros e projetos culturais. Entre seus livros de destaque estão Estilos de época na Literatura, um dos raros clássicos da literatura paradidática no Brasil; e Leitura do texto, leitura do mundo (Prêmio Astrogildo Pereira de crítica de 2017, da União Brasileira de Escritores); além de diversas obras sobre a língua portuguesa, como Noções de gramática em tom de conversa: língua portuguesa; Por dentro das palavras da nossa língua portuguesa e Nova ortografia da língua portuguesa: guia prático. Como poeta, publicou O cerco agreste e Dionísio esfacelado (Quilombo dos Palmares), premiado com o Prêmio de Poesia da União Brasileira de Escritores em 2017. Também se destacou como ficcionista com obras como Capitu: memórias póstumas, romance com edição em francês; e Breves estórias de Vera Cruz das Almas, primeiro lugar no Concurso Literário da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Distrito Federal 1991.
Domício Proença Filho teve, ainda, uma atuação significativa como promotor cultural. Idealizou a Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, coordenando a primeira, em 1982, e a segunda, em 1984. Foi agraciado com as medalhas Tiradentes, do Estado do Rio de Janeiro; Pedro Ernesto, da Cidade do Rio de Janeiro; e com as medalhas do Mérito Tamandaré, da Marinha do Brasil, e do Mérito Naval. Além disso, recebeu o título de Cidadão de Minas Gerais.
É membro, entre outras instituições, da Academia Brasileira de Letras - da qual foi presidente -, da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Filologia, da Academia Carioca de Letras, do Real Gabinete Português de Leitura e do PEN Clube do Brasil.