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O que de ficção ainda permanece nas crônicas esportivas atuais? Perdemos a inventividade de uma escrita criativa? Será que fomos aniquilados pela máquina do jornalismo caça-cliques?
A crônica esportiva tem em suas raízes a literatura e o jornalismo, e por muito tempo conferiu um olhar catártico e singular ao futebol. Esta pesquisa teve a missão de investigar a transformação deste híbrido gênero textual ao longo das décadas, questionando se sua essência literária tem resistido ou não ao jornalismo factual da era digital.
Para isso, foram analisados os elementos ficcionalizantes das crônicas de Nelson Rodrigues e Francisco Bicudo, dois cronistas brasileiros separados por mais de seis décadas, mas que viveram e eternizaram em palavras as duas maiores tragédias de nosso futebol.
O que de semelhança e diferença há entre seus textos, que transformaram as maiores derrotas da seleção - as Copas de 1950 e 2014 - em narrativas míticas, do que se chama hoje de crônica esportiva?
A pesquisa é uma contribuição intelectual a todos os núcleos de pesquisa e grupos de estudos sobre futebol no Brasil, cuja missão está em desmistificar esse popular esporte do lugar de "ópio das massas" para reforçar o seu papel como autêntico elemento identitário e cultural brasileiro.
Entre a literatura e o jornalismo, entre o fato e a invenção, este livro é um convite à redescoberta do futebol como narrativa e arte.
Gabriel Gama é mestre em Estudos Literários pela UFMG, jornalista, psicólogo, bacharel em Letras e poeta com dois livros publicados: "Nós dois: mais cedo que antes, mais tarde que depois" (2015) e "Para não desistir" (2019). Foi repórter do Estadão na Copa do Mundo de 2014 e tem ampla experiência no jornalismo esportivo. Amante do futebol, lê o esporte como um fenômeno sociocultural de identidades e narrativas, onde o campo se dissolve em ficções e se torna palco para a poesia da vida.