Dos escravos que vão por mar e por terra

A expansão pecuária para o sertão e a descoberta de ouro ocorridas na virada do século XVII para o XVIII implicaram em uma maior interação comercial entre as capitanias do Brasil e intensificação do tráfico negreiro. Uma vez que os escravizados africanos chegavam nos portos das Capitanias do Norte, parte ficava no litoral e outra era vendida seja para o trabalho na pecuária, seja pra o trabalho nas minas, estabelecendo um circuito mercantil interno - que estava associado ao mercado externo - de escravos. Nessa conjuntura, houve a participação de diversos negociantes. Quem eram esses comerciantes? Quais seus interesses e redes mercantis? Como ocorriam as viagens e as formas de venda e compra de escravos? Buscando responder a essas perguntas, o livro demonstra a capilaridade e complexidade desse comércio que foi um dos mais importantes para o funcionamento da colônia e formação do Brasil.

MATHEUS SILVEIRA GUIMARÃES
Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Licenciado em História por esta mesma instituição. Também é Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Publicou o livro Diáspora Africana na Paraíba do Norte: trabalho tráfico e sociabilidades na primeira metade do século XIX (2018), fruto de sua dissertação de mestrado premiada pela ANPUH-PB. Organizou a coleção Travessias atlânticas e a Paraíba afro-diaspórica (2018; 2019), juntamente com Solange P. Rocha. Atualmente, é professor de História no Ensino Básico da Rede Pública do Município de João Pessoa, tendo também exercido a docência no Ensino Superior no curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba.