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A arte brasileira das últimas décadas acostumou-se à presença crítica e criativa de Maria Bonomi. Seja como gravadora, agitadora ou polemista, Bonomi bisa suas intervenções sempre a partir de um caráter estético e mesmo político, dentro da ideia de que o artista é capaz de interferir - ou melhorar - o meio com sua vida e obra.
Bonomi, assim, navega em duas situações adversas ao temperamento brasileiro - é gravadora e polemista (toma posições). E é mulher.
Sabe-se como no Brasil o incentivo à concórdia é um vício, quase uma disciplina, estimulada desde os bancos escolares, perfazendo algo semelhante a um distintivo moral do país, onde a voz discordante, em solo ou em coro, não atrai imediata simpatia, dado a outro de nossos hábitos: preferir o padronizado ao diferenciado; somos vitimados por nossa intransigência, e desgaste, quando diante do estranho.
E Bonomi é gravadora em um tempo incapaz de compreender o gênero dentro de sua estrita poética, de sua ação múltipla; por estarmos em um tempo ditado pelo econômico, a gravura é percebida como produto de difícil alocação.
Miguel De Almeida é jornalista, crítico de arte, e escritor, autor de vários livros, dentre eles: Dobrando Esquinas (poesia), Blue Paixão (poesia), Antes de Francisca (crônicas), Pizuca e os bichos vira-latas (infantil), Clóvis, a história de um menino mau (juvenil) e Tomie Ohtake, para a Coleção Arte de Bolso. Escreveu ainda Trilha nos trópicos (crônicas), refazendo o roteiro de Mário de Andrade no Turista Aprendiz, com nova edição prevista para 2007.
Foi editor e colunista de vários jornais, como Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e O Estado de S.Paulo. É colunista de O GLOBO.
É diretor editorial da Lazuli Editora.