E que fim levou?

Na imensidão do desconhecido, onde o tempo se dobra e a realidade vacila, um poeta vaga entre sombras e luzes apagadas. Os ecos de suas palavras se dissipam no vácuo, distorcidos por uma gravidade que não pertence a este mundo. Seria um sonho? Seria um limbo? Ou apenas fragmentos de memórias esquecidas?
Aqui, o que foi se mistura ao que nunca será, e o que resta é apenas uma busca sem fim, de uma resposta que se perdeu, além da imaginação.

Dante é um jovem poeta apaixonado por tudo que arde. Escreve como quem sangra, vive como quem observa o mundo através de um vitral rachado. Seu estilo é melancólico, visceral e lírico, um sopro com cheiro de chuva e velas queimadas.
Seus versos caminham por vielas escuras da alma, onde o amor machuca, mas também salva. Entre um poema e outro, Dante se refugia na fantasia, criando mundos com personagens complexos, discos voadores, coroas de rubi e mares costurados a retalhos. Cada palavra escrita é um exorcismo doce. Cada livro, um relicário de tudo que não pôde ser dito em voz alta.