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Esta obra retrata uma história real, uma experiência vivida, um fato ocorrido na esfera criminal do judiciário brasileiro, uma situação que certamente poderia ter ocorrido com outras pessoas. A experiência foi vivida em uma ação criminal na qual a evidência sólida, por ineficiência do sistema do judiciário, desperta a atenção para o sistema processual pela falta de eficácia do inquérito policial em um sistema acusatório e inquisitório que potencializa a ineficiência do Estado na aplicação da justiça, comprometendo o Estado Democrático de Direito e transmitindo insegurança jurídica para os que utilizam o serviço prestado pelo Poder Judiciário. O desrespeito sistêmico por parte do próprio Estado demonstra um sistema simbólico distorcido, que inviabiliza o sistema judicial tal como preconizado pela Constituição Federal de 1988, causando prejuízo contínuo para a sociedade e o descrédito das pessoas nesse tão fundamental Poder da República. Um judiciário ineficiente e injusto certamente necessita com urgência de juventude para adequar o sistema às exigências da sociedade, a fim de evitar os perigos de uma justiça que pode cometer erros irreparáveis como aquele que ocorreu no caso narrado nesta obra, que, em nome da segurança jurídica, não pode ser revisto. Portanto, todas as decisões devem ser bem fundamentadas e ter como objetivo fundamental e último a preservação da dignidade humana. Para isso, devemos buscar formas de controle sobre a atividade judicial que sejam a um tempo democráticas e participativas, e que respeitem a autonomia e o livre convencimento do magistrado, mas que sejam capazes de prevenir que erros grosseiros e outras mazelas sejam cometidos e se perpetuem em processos de qualquer natureza.
Bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras São Marcos, 1974, e em Ciências Jurídicas pela Universidade Bandeirantes de São Paulo, 2001. Advogada militante em atividade há 23 anos.
