John Stuart Mill: A civilização e o progresso

Além de exercer as atividades de economista e filósofo, John Stuart Mill trabalhou de forma incansável como jornalista, ativista político, reformador e mesmo, por uns poucos anos, como membro da Câmara dos Comuns. Tanto as suas obras teóricas menos conhecidas como seu infatigável labor diuturno, voltado para escritos breves e polêmicas, e mais achegado às questões concretas do seu dia, contribuem para a composição de um quadro mais completo do seu pensamento, ajudando a lançar luzes sobre uma obra eclética e multifacetada. Já é hora de deixar de lado uma visão tacanha de John Stuart Mill como simplesmente um pensador utilitarista um tanto mais sofisticado do que os seus mentores na juventude, a saber, James Mill (1173 - 1836), seu pai, e Jeremy Bentham (1748 - 1832).
John Stuart Mill teve muito a dizer sobre a civilização e as suas possibilidades de progresso. A presente coletânea de ensaios traduzidos e comentados repousa na convicção de que uma familiaridade ampliada com algumas de suas obras muito pouco conhecidas no Brasil é apta a propiciar um entendimento mais sólido da vastidão da contribuição de John Stuart Mill para o pensamento moral, político e social.
Espera-se que a série tenha prosseguimento com coletâneas adicionais que terão por títulos Ensaios sobre a religião, O positivismo de Augusto Comte (um ou dois volumes) e A América e a democracia.

Bacharel e mestre em letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Doutor em filosofia pela Universidade da Califórnia. Leciona filosofia na Universidade Federal de Pernambuco. Além de publicar artigos especializados, o autor cultiva um estilo de escritura voltado para o público ledor generalista. Nessa linha, publicou sobre Marx e Gramsci. É liberal convicto e membro fundador da Sociedade Tocqueville do Brasil.